sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Sombras da Saudade


Sombras da Saudade

Por trás das janelas envidraçadas
Jogo olhares sem vida
Para a vida lá fora
Sonho pesadelos com os olhos
Abertos
Como um pêndulo
Sem compassos definidos
Sem nomes ou formas
Tomada de amargura
Vejo o vento passar
E tudo levar
Meus sonhos despedaçar
O jardim da minha vida
Devastar
As sombras da saudade
Me perseguem
Sinto que meus desejos já
Não são os mesmos
Perderam-se nas estações
Em pequenos detalhes
Busco grandes razões
Cheias de esperanças
Com elas construo pontes
Unindo vales a montes
Para que mesmo em sonhos
No bocejo das noites
Me conduzam ao baú das
Recordações
Para meus desejos realizar
E fora do meu corpo
Que limita meu espaço
O espaço infinito desafiar
E o mundo reinventar

Vanda Facchini

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